quarta-feira, 26 de março de 2014

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curso de teclado online

Aula 1
Breve história dos sintetizadores

Fico muito feliz de estar hoje começando hoje o nosso curso de teclado e tecnologia. Espero que durante este período a gente possa estar trocando idéias e elucidando dúvidas através de e-mail ou aqui pela coluna mesmo. O importante mesmo é entender que qualquer instrumento musical requer estudo, disciplina e dedicação. Não quero ficar chovendo no molhado, mas é bom lembrar que praticar e estudar é o essencial para evoluir.
Hoje vamos estudar um pouco de história. Afinal, é importante e interessante conhecer um pouco do passado e evolução do que queremos estudar e nos aprofundar. Isso nos cria uma base, um ponto de partida para começarmos a nos desenvolver como musico, artista. Vamos então com nossa BREVE HISTÓRIA DOS SINTETIZADORES (que não é assim tão breve, mas eu vou tentar encurtar...).

Sr Robert Moog e seu “tecladinho”

Robert Moog nasceu em 1934 em Nova York. Estudou piano quando criança e seu primeiro projeto como “engenheiro eletrônico” foi um Theremin, um instrumento russo inventado em meados da década de 20. Moog adorava ouvir novos sons, buscava sempre algo diferente. Depois de ganhar prêmios como físico e engenharia, Moog começou a se dedicar mais aos seus projetos. Inicialmente Moog pensava num amplificador de guitarra portátil, mas mudou o projeto para um sintetizador.
Com a ajuda de alguns companheiros e compositores, Robert Moog lança seu primeiro sintetizador, chamado MOOG (muitos chamam de MINI MOOG). O tecladinho era monofônico, ou seja, executava apenas uma nota por vez mas era extremamente versátil ao manipular sons. Ataques, caídas de som, filtros e osciladores eram editáveis em tempo real. Moog simplesmente criara a base de todos os sintetizadores, utilizando um padrão ADSR (atack, delay, sustain e release).
O moog foi um sucesso. O teclado foi utilizado por grandes nomes da música como Beatles, Yes, Rush, mas quem imortalizou o sintetizador foi Rick Wakeman, ex-tecladista do grupo YES com o seu disco VIAGEM AO CENTRO DA TERRA.


Robert Moog posando com seu MOOG


Este é um dos modelos de MOOG que foi lançado a partir da década de 60. Tornou-se bem popular na década de 70 com os grupos de rock progressivo como Pink Floyd, Yes, Rush, King Crimson e Rick Wakeman.

Clique aqui e ouça o som do MOOG

Mellotron: o bisavô dos samplers

Junto com o MOOG, outras tecnologias foram surgindo, e junto com elas veio o primeiro sampler da história: o Mellotron.
Apesar do MOOG ser um sintetizador com grandes possibilidades de mudança timbral e edições complexas, ele era muito limitado ao imitar vozes humanas, cordas de orquestra e outros instrumentos orgânicos. A solução foi o Mellotron, que era na verdade um toca-fitas com teclas. O sistema era bem arcaico, mas bem funcional: cada tecla ligava uma fita cassete que tinha o sampler gravado do que se desejava tocar ( violinos, vozes, enfim ). Esta fita cassete não tinha fim, pois era “loopada” no próprio cassete. É como se faz hoje, só que através de softwares e não através de fitas cassete. Grupos como Genesis, Black Sabbath, Pink Floyd e outros usaram o Mellotron para gravações.











Este armário branco é o Mellotron, teve seu auge na década de 70 com os grupos de Rock progressivo também. Hoje esta sendo fabricado novamente para colecionadores.

Clique aqui e ouça o som do Mellotron

New Wave e o revolucionário DX7

Este nome trás pranto e ranger de dentes há muitas pessoas. A New Wave foi a “moda” dos anos 80, onde mulheres se maquiavam com toneladas de pó colorido e homens usavam cabelos tosados como Poodles. Era época de RPM, Human League, The Police e outros grande nomes POP-NEW-WAVE.
Mas nada disto seria possível sem os nossos amigos sintetizadores. E novamente eles estavam lá, fazendo diferença. Desta vez a bola era da YAMAHA. Ela mudou um pouco daquela história de filtros e osciladores do Sr Moog e preferiu usar uma tecnologia um pouco diferente em seu DX7. As ondas elétricas do MOOG foram substituídas por pequenos samplers digitais. Depois eles eram processados por algoritmos (calma, calma, é só pra explicar, não precisa aprender isso não). Assim você podia mudar os timbres apenas apertando um botão, muito diferente dos antigos MOOGs que você precisava mexer em mais de 10 botões para editar um simples timbre. O som também era diferente do MOOG, era mais suave, digital, era mais atmosférico. Junto com o DX7, outros sintetizadores digitais apareceram no mercado. Era o fim da era ANALÒGICA e início da era DIGITAL. Roland, Korg, Oberhein e outras marcas competiam e criavam a cada dia, teclados mais sofisticados e mais caros. Então foi necessário dar um jeito na bagunça. Através da interface MIDI, todos os teclados podiam conversar entre si, mesmo sendo de marcas e gerações diferentes. Este protocolo se chama GENERAL MIDI. Até aí, os teclados eram MIDI, mas não eram 100% compatíveis entre si. Se você compusesse uma música num D-20 da Roland e tentasse tocar num M1 da Korg a música não sairia igual. Depois da criação do banco GM (General Midi) isso mudou.
Junto com os sintetizadores DIGITAIS também surgiram as baterias eletrônicas e os seqüenciadores. Eles por vezes vinham dentro do próprio teclado ( D-20, D-50 da Roland, M1 da Korg ) ou em módulos separados. Através dos seqüenciadores você podia criar linhas de bateria, baixo, teclados e sair gravando um disco inteiro. Muitos artistas pop dos anos 80 produziram seus discos assim. A bateria era descaradamente seqüenciada e todas as linhas de baixo digitais. Sobrava apenas a voz do intérprete e raras vezes uma guitarra para dar uma cara ROCK à música. Foi realmente uma época ruim para nossos ouvidos.

O DX7 foi o precursor dos sintetizadores digitais. Com ele os comandos e efeitos em tempo real foram substituídos por algoritmos e samplers em FM. Seu som e seu funcionamento diferenciado até hoje atrai fans de música pop e eletrônica.

Clique aqui e ouça o som do DX7

Workstations e comando análogos: visitando velhos amigos

Eu era da turma do “não gosto”. Eu detestava o som do MOOG, franzia a testa ao ouvir o Mellotron, mas percebi que eles fazem parte de um outro contexto musical: o experimentalismo. Na década de 70 o MOOG representou a possibilidade quase infinita de geração de timbres, efeitos e loucuras que músicos como Roger Waters (Pink Floyd) ou Rick Wakeman precisavam. Mas com o tempo tudo isso ficou obsoleto e novas tecnologias foram criadas. O que ninguém esperava é que depois de três décadas o MOOG estivesse tão vivo como na década de 70. Empresas como Roland e Korg já voltaram a lançar sintetizadores com controles de filtros e osciladores em tempo real, como nos velhos teclados do sr Robert Moog. Com novas tecnologias apontando, criaram-se teclados análago-digitais, que somam todas as qualidades dos antigos MOOGs e toda a qualidade timbral dos novos Korg e Roland.



O Triton da Korg é um dos “monstros” da empresa. O modelo Triton studio possui seqüenciador e saída para HD SCSI.

Clique aqui e ouça o som do TRITON

... e todos viveram felizes...

Foi uma longa história realmente, e espero que tenha sido proveitosa para vocês tanto quanto foi para mim. Conhecer profundamente o instrumento que queremos aprender é um dos passos mais importantes para o desenvolvimento musical. Procure não somente aprender música, tente também conhecer seu instrumento pois assim vocês serão grandes amigos!!!

Valeu!!!!!Até a próxima pessoal!!!!

O final do ano se aproxima e vamos aproveitar esses dias que faltam para aprender algumas coisas interessantes sobre música.

Vimos na primeira aula como os teclados evoluíram. Mas mesmo sendo os sintetizadores instrumentos bem “espertos” eles ainda precisam de talento e imaginação (claro que nem todo tecladista por aí é talentoso ou genial, mas vale a pena lembrar que o teclado engana bastante e pode disfarçar facilmente um músico medíocre). Para não fazer parte da lista dos “catadores de milho polifônico”, é bom estudar muito. Vamos lá:

CIFRAS:

É...o nome do site já diz tudo, Cifra Club, mas tenho certeza que alguns ainda tem dúvidas a respeito das cifras. Vamos ver:

O sistema de cifragem é o mais popular entre todos. O que vem se popularizando cada vez mais é a tablatura, mas esta não nos serve, pois a tablatura consiste em um conjunto de seis (ou quatro) linhas que representam as cordas. Os números indicam a casa que a corda deve ser pressionada.

Para nós a cifra é útil, apesar de que ela somente nos dá uma idéia de harmonia bem simplificada, pois as cifras não mostram inversões ou posições do acorde no teclado. Mas nós podemos facilmente pegar uma cifra de uma música aqui no site e tocarmos juntos, de maneira simplória, claro.

Caso você não saiba, vai uma lista com as cifras:

C = Dó
D = Ré
E = Mi
F = Fá
G = Sol
A = Lá
B = Si

A letra “m” depois de uma cifra qualquer significa “menor”. Exemplo:

Cm = Dó menor

Estas são as cifras mais comuns, com o tempo você vai perceber que isso era somente a ponta do iceberg!!

“poxa, mas pra que tanta frescura?? Por que não se escreve “dó” logo de uma vez?”

Simples, imagine esta cifra:

C#m7+

Se fossemos escrever “por extenso”, seria:

Dó sustenido menor e sétima maior

Tá vendo como simplifica???

SUSTENIDO E BEMOL:

Sempre ouvimos a história da existência de somente sete notas musicais. Não é bem assim, na verdade são sete notas naturais. Temos ainda notas intermediárias que completam a nossa tonalidade (digo “nossa” tonalidade visto que em países como Índia, Egito, Arábia Saudita e outros o conceito de tonalidade é diferente).

Vamos visualizar o teclado:

Temos um teclado aqui com somente um grupo de teclas. Este grupo se chama OITAVA. Os teclados geralmente têm de quatro a cinco oitavas. Já o piano possui 88 teclas, destas 36 são as pretas. Existe um piano chamado Bosendorfer 9'6" que possui 97, mas dificilmente você vai precisar de tantas teclas...rs afinal, já temos problemas suficientes com as poucas que o teclado possui.

O teclado é feito de repetições desta OITAVA, por isso, esta seqüência de notas é a mesma, sempre.

Repare agora que além das sete notas comuns agora temos mais cinco notas intermediárias, que chamamos de acidente. Os acidentes são:

# = sustenido b = bemol

Entende-se que o SUSTENIDO aumenta a nota natural em MEIO TOM, enquanto o BEMOL diminui a nota em MEIO TOM. Por isso, vemos que dentro da mesma tecla preta cabem sempre dois nomes: um sustenido e um bemol. São os ENARMÔNICOS.

“Vixi.......sabia que ia complicar..”

Que nada, é fácil. Enarmônico quer dizer que notas têm o som igual, mas podem ter nomes diferentes. Por exemplo:

C# tem o mesmo som de Db.
D# tem o mesmo som de Eb,
F# tem o mesmo som de Gb.
G# tem o mesmo som de Ab.
A# tem o mesmo som de Bb.

Em tempo: Não existe E# e muito menos B#. Lembrem-se disso.

Com este gráfico em mãos (seria uma boa idéia imprimir para estudar), vamos exercitar alguns acordes.

MONTANDO UM ACORDE:

Eu tenho aqui feito e prontinho todos os acordes maiores e menores. Eu também poderia ser bonzinho e colocá-los aqui para que vocês pudessem estudar sem queimar muito a cabeça. Mas a novidade é que eu NÃO VOU COLOCAR. A missão de vocês esta semana é montar os acordes. Eu darei o nome das notas e vocês irão montar. Isso se faz necessário para que vocês criem um senso de localização no teclado e não fiquem presos demais visualizando desenhos. Um exemplo:

ACORDES MAIORES:

C = C + E + G

Montado ele fica assim:

Vocês devem montar os acordes em sua posição fundamental, ou seja, na ordem escrita. Isso vai fazer com que vocês acabem por montar os acordes e os mesmo ultrapassarem uma OITAVA. Não tem problema, é assim mesmo. Outro exemplo:

Repare que neste exemplo, pegamos o SI da primeira OITAVA, mas as outras duas notas estão na OITAVA seguinte. É desta maneira que se deve praticar!!

Outra coisa muito importante:

Utilize sempre os dedos 1, 2 e 4 para montar os acordes. Não use 1,2 e 3. Você vai precisar deste dedo mais tarde. A regra vale para as duas mãos!!!Abaixo, vai a lista de acordes para vocês praticarem:

ACORDES MAIORES:

Nome do acorde

Notas que formam o acorde

C

C + E + G

D

D + F# + A

E

E + G# + B

F

F + A + C

G

G + B + D

A

A + C# + E

B

B + D# + F#

ACORDES MENORES:

Nome do acorde

Notas que formam o acorde

Cm

C + Eb + G

Dm

D + F + A

Em

E + G + B

Fm

F + Ab + C

Gm

G + Bb + D

Am

A + C + E

Bm

B + D + F#

Bem, esta aula foi mais longa que a outra visto que estamos no final do ano e o tempo livre para estudar é maior. Pratiquem com as duas mãos, atentos sempre à postura dos dedos. Depois que você sentir já ter decorado, faça sempre um acorde seguido do seu menor. Exemplo:

Monte C, logo depois Cm; Monte D, logo depois Dm. Assim por diante.

Espero que tenham gostado. A todos que me escreveram, obrigado, algumas vezes eu demoro a responder, mas é porque estou recebendo muitos e-mails. Estou aqui para avisar que o sistema de tira-dúvidas mudou de endereço:

www.musiklabs.rg9.net
Entrem, registrem-se e fiquem à vontade para postar suas dúvidas!

Um grande abraço, Feliz Natal e Feliz Ano Novo!!!!

Também gostaria de agradecer os milhares (hehehe) de e-mails que ando recebendo elogiando a coluna (até agora não houve críticas...eba), tirando dúvidas, doando dinheiro, pedindo receitas de bolo de milho, enfim. Continuem escrevendo, fico muito feliz em responder seus e-mails.

Misteriosamente meu site saiu do ar (coisa de servidor) mas deve estar voltando em breve!!!

Bem, a conversa está boa, mas depois de um longo e tenebroso inverno, vamos à nossa aula de hoje, que tratará de um assunto polêmico: INTERVALOS e ESTRUTURA DOS ACORDES.

Bem, vamos à sessão “Perguntas mais perguntadas” (conhecida também como PMP..rs):

1. O que é um acorde?
Vamos imaginar notas musicais sendo LETRAS.......um acorde na verdade é uma palavra. Quando você monta um acorde, ele tem uma lógica harmônica, as notas não são postas aleatoriamente, assim como as letras de uma palavra.

2. Pra que serve o tal acorde?
Fácil. Imagine a rodinha de violão. Agora imagine o povo todo cantando. Visualize agora o violonista, tocando as posições no violão. Aquelas posições são os acordes. Os mesmos que a gente toca no teclado.

3. Vou ganhar dinheiro trabalhando com música?
Não.

INTERVALOS MUSICAIS:

Toda vez que ensino isso para meus alunos, é sempre a mesma coisa:

“Pô Ale, eu vou usar isso?”

Claro.....aulas de música tem que ser como o filme Karatê Kid. Tudo que você aprende tem que ter utilidade no futuro, senão é desperdício de tempo.

Quando estudamos acordes, estamos iniciando o estudo de uma das três partes fundamentais da música, que são:

· HARMONIA: intervalos, estudo dos acordes, campos harmônicos.

· MELODIA: estudo de escalas.

· RITMO: leitura, compassos, leitura métrica.

Temos uma forma de “medir” os sons (na verdade o espaço entre os sons) através dos INTERVALOS. Porém, havia um Alexander no meio do caminho, no meio do caminho havia um Alexander.

Graham Bell só faltou inventar a Internet. Mas ajudou inventando o telefone.

Quando Alexander Graham Bell inventou a escala decibel, ele estava preocupado na verdade em medir a INTENSIDADE do som em potência. Diferente do que estamos querendo medir, esta escala é muito usada por técnicos de som, estúdios e outras aplicações científicas.

Para se ter um referencial da escala DECIBEL, abaixo segue alguns exemplos:

SUSSURRO: 20 dB (decibel)
CONVERSA NORMAL: 60 dB
BANDA DE ROCK: 110 dB (exclui-se a banda Motorhead e Manowar)
PERFURAÇÃO INSTANTÂNEA DO TÍMPANO: 160 dB

“Pô, mas eu comprei um aparelho de som e não veio em decibel, veio em Watts PMPO”.

Sim. Mas esta medida não é necessariamente de som, é medida de potência elétrica. Muito diferente. E quando vocês virem que um som tem potência de 1500 Watts PMPO, na verdade ele tem no máximo 30 Watts reais, pois a medida Watts PMPO mede picos, não rendimento real (mas isto já é coisa pra técnica em eletrônica).

HERTZ:


O ouvido humano pode perceber sons entre 20 Hz e 20000 Hz. Sons mais altos ou mais baixos existem, mas são imperceptíveis para nossos ouvidos.Heinrich Rudolf

Hertz (1857 – 1894), físico alemão nascido em Hamburgo, entre tantas outras coisas também foi o primeiro a fazer uma transmissão de Rádio. Transmissões de rádio são possíveis graças às freqüências (em HERTZ) que são captadas por antenas e novamente transformadas em som. O senhor Hertz então, percebeu que não existia ainda uma grandeza para se medir freqüências. Não se fazendo de rogado, colocou o próprio nome na invenção (nada mais justo). Outras pesquisas determinaram que o ouvido humano é sensível a uma gama de 20 para 20000 Hz (Hertz). Sons abaixo de 20 Hz são chamados INFRA-SONS e acima de 20000 Hz, ULTRA-SONS. São imperceptíveis, mas existem.

Quando afinamos um violão, o normal é afiná-lo em 440 Hz. Nos teclados mais avançados, você pode modificar esta freqüência no menu do próprio teclado, “afinando” o teclado aos outros instrumentos (útil se você for tocar com algum grupo de música tradicional da Tunísia).

INTERVALOS:

Como tudo no universo tem uma regra, os acordes seguem uma. Vamos ver a tabelinha:

Nome do intervalo

Valor em semitons

2º menor

0,5 tom

2º maior

1,0 tom

3° menor

1,5 tom

3º maior

2,0 tons

4º justa

2,5 tons

5° diminuta

3,0 tons

5° justa

3,5 tons

6º menor

4,0 tons

6º maior

4,5 tons

7° menor

5,0 tons

7° maior

5,5 tons

8° justa

6,0 tons

Através destes intervalos, poderemos entender melhor como funciona o funcionamento das tríades.

RUFAM OS TAMBORES...........................

AS TRÍADES:

Base de toda estrutura harmônica, as tríades (como o nome já diz) possuem três notas:

TÔNICA, TERÇAS E QUINTAS (nada de piadinhas com quarta, sábado e etc hein!!!!).

Quando estudamos as tríades, abrimos nossas opções harmônicas. Agora nós podemos montar qualquer acorde MAIOR, MENOR, AUMENTADO ou DIMINUTO, com apenas quatro formatos.

TRÍADE MAIOR
TRÍADE MENOR
TRÍADE AUMENTADA
TRÍADE DIMINUTA
Cada tríade desta, forma-se da seguinte maneira.....vamos pegar como tônica a nota Dó (C para os íntimos):


Esta é uma tríade maior de C. É o acorde de C maior, só que desta vez sabemos cada nota e cada nome do INTERVALO. Repare que temos entre C e E, um INTERVALO de 2 tons. Na tabela, um INTERVALO de 2 tons tem o nome de 3º Maior. Depois, temos a nota G, que tem o nome de 5°justa, pois entre C e G tem exatamente 3,5 tons. Esta regra é matemática. Não tem como errar. Mais abaixo vamos ver outros exemplos.

Esta é uma tríade aumentada de C. Repare que todas as outras notas ficam no mesmo lugar, somente o intervalo de 5°justa fica em condição de AUMENTADO. Aumentado em sistema de cifra pode ser escrito da seguinte forma: Caug C5+

Esta tríade menor finalmente explica o mistério do nome dos acordes serem maiores ou menores. Estes nomes são dados de acordo com a terças que eles recebem. Se um acorde tem a primeira terça menor, ele é menor. Neste caso, perceba que tanto a Tônica e a 5°justa ficam onde estão, mas a 3°menor agora substitui a anterior.

A tríade diminuta é bem mais famosa que a sua prima, a tríade aumentada, mas tem um sonsinho bem macabro. Neste caso, tanto a 3°menor como a 5ºjusta são manipuladas.

Algumas explicações sobre as tríades.

Estas estruturas básicas se tornam essenciais quando começamos a querer nos aprofundar em outros tons, outros acordes. A partir destas tríades vamos poder montar muitos outros acordes, como vamos ver daqui a pouco.

As tríades, na sua essência são formadas por duas terças na verdade. Quer ver:


Nessa tríade maior, repare que a primeira terça é que da nome ao acorde: C maior
Na tríade menor, a primeira terça é menor, dando o nome ao acorde, C menor. Por ter sido subtraído 0,5 tom do intervalo da primeira terça, a segunda fica com 2,0, virando assim uma terça maior.

Repare que nesta tríade, as duas terças são menores. Conta-se 1,5 entre as duas primeiras notas e mais 1,5 entre as duas últimas.
A tríade aumentada é muito parecida com a maior, com a diferença que a última terça também é maior.


Estas quatro tríades completam o quadro de harmonia básica. Com este formato vocês podem agora trabalhar qualquer acorde natural e também os sustenidos e bemóis.

Mas agora é necessário explicar algumas coisas para que tudo fique claro:

SEMITONS: Espaço existente entre uma tecla branca e uma preta. Por exemplo, entre Dó e Dó# temos um SEMITOM, ou 0,5 tom.
SUSTENIDO: Acidente que eleva a nota em 0,5 tom.
BEMOL: Acidente que abaixa a nota em 0,5 tom.
INTERVALO: Nome do sistema que se usa para medir espaços entre notas.
TRÍADES: Nome que se dá à estrutura harmônica baseada em intervalos de terças.
PEPINO: fruto do pepineiro, leguminosa da família das Curcubitáceas.
LIÇÂO DE CASA:

Vocês inicialmente treinaram todos os acordes naturais menores e maiores. Agora treinarão os acordes Sustenidos e Bemóis também. É fácil.

Imagine o acorde de C#:

Primeiro, o acorde maior, ou seja, a Tríade maior:

C# ..........conte 2 tons a partir de C#...............dá F
F............ conte 1,5 tons a partir de F...............dá G#


Mais uma, Tríade menor:

C#...........conte 1,5 tons a partir de C#.............dá E
E.............conte 2,0 tons a partir de E...............dá G#


Agora, algo diferente: uma Tríade aumentada:

C#...........conte 2,0 tons a partir de C#..........dá F
F.............conte 2,0 tons a partir de F.............dá A


E por último, a Tríade diminuta:

C#............conte 1,5 tons a partir de C#........dá E
E..............conte 1,5 tons a partir de E...........dá G

Assim você montou um acorde maior, menor, aumentado e diminuto, respectivamente. Agora que você tem o mapa do tesouro, é sua missão desenterrar. Estudem todos os acordes com teclas pretas, C#, D#, F#, G# e A#. Cada um desses tem quatro variações, como vimos acima.

Como você pode perceber, aprender acordes é realmente como aprender novas palavras. Em breve já estarão aptos em pegar uma cifra e ler sem dificuldades!!!!

Bem, mais uma aula enorme, mas foi em homenagem a todos que me escreveram pedindo uma terceira aula logo. O assunto nunca acaba, é muita coisa para aprender. Não desistam, continuem estudando, mandando suas dúvidas, criticas, sugestões, enfim. Estou aqui para ajudar no que for preciso.

Para tirar dúvidas e entrar em contato comigo, usem o novo endereço:
www.musiklabs.clic3.net

Neste fórum vocês podem postar suas dúvidas. Basta registrar-se, que é fácil e....GRÁTIS!! Aguardo vocês la!

Para todo um grande abraço, obrigado e até logo com mais uma aula.

Valeu pessoal!

última aula rendeu um "tsunami" de e-mails. Desde de pessoas que nunca tinham visto uma tríade a outras que simplesmente não haviam entendido.

Na sessão de hoje das PMP (perguntas mais perguntadas) temos:

1. Você tem a partitura do Edivelson Miranda?
Infelizmente partituras de teclado é como procurar vereador na câmara de sexta-feira: quase impossível de se achar. Por isso mesmo que eu acho imperativo desenvolver a percepção musical.

2. Mas existe algum site que tenha partituras específicas para teclado?
Eu não tenho conhecimento disso.O único que eu achei uma vez só tinha partituras para piano (e era pago).

3. Você poderia me enviar aulas por e-mail?
Infelizmente todo o material que eu tenho ainda não está "informatizado". Fazer uma apostila e sair distribuindo também não é a coisa mais fácil do mundo. Por hora, continuarei a dar as aulas aqui no Cifra Club.

4. Entrei no seu site e %$@%#&¨@%#$ não estava funcionando! PÔ!!!
Como eu já havia dito anteriormente, graças a minha hospedagem gratuita (sim, sou pobre e não pago hospedagem – aceito 20 megas de doação) perdi meu site. Mas outro já está disponível no endereço: www.musiclabs.clic3.net.

5. E vai ter música sua pra baixar?
Sim, desta vez eu coloquei algumas músicas minhas para download.

6. Quando sai a próxima aula?
Não existe uma periodicidade. Eu espero a inspiração divina (também conhecida como "tempo livre") e escrevo.

7. Minha mãe foi fazer panquecas e não achou a receita, você poderia me passar alguma?
Claro:

1. 1 xícara de chá de farinha de trigo

2. 1 xícara de chá de leite

3. 1 ovo

4. 1 colher de sopa de óleo

5. 1 pitada de sal

6. 2 pitadas de fermento em pó ROYAL


Bata tudo e frite numa frigideira bem quente, que NÃO GRUDE.

É isso aí!!!! Vamos a nossa aula de hoje.

INVERSÃO DOS ACORDES:

Muito bem, vimos na aula passada que podemos montar qualquer acorde com a fórmula mágica das tríades (Tônica, terças e quintas). Assim, ao invés de ficarmos decorando bilhões de acordes por aí, apenas precisamos saber da sua estrutura.

Pois bem, depois que você aprendeu isso, vem a parte "prática". As inversões.

Quando temos um acorde natural de C, nós temos:

Onde a tônica está na parte mais grave do teclado. Mas nós podemos também inverter este acorde da seguinte forma:

Como você deve ter percebido, invertemos o acorde, jogando a 5ºjusta para trás, tirando o acorde de C da sua posição natural. Mas ele continua sendo C. Ainda podemos invertê-lo mais uma vez:

Dá pra perceber de novo que mais uma vez "jogamos" a nota que estava na frente para trás. O acorde de C agora se apresenta na sua segunda inversão.

Toda vez que você inverte um acorde, ele fica com um som mais "suave", como se fosse perdendo um pouco da sua presença natural. Inverter acordes é extremamente útil quando não queremos movimentar a mão demais no teclado.

PARA TREINAR EM CASA:

Pegue apenas UMA OITAVA DO TECLADO, e comece a montar, C, D, E, F, G, A e B, só que sem sair desta oitava, invertendo os acordes quando for preciso. Faça o mesmo com Cm, Dm, Em, Fm, Gm, Am e Bm.

Mas tem mais, muito mais:

TETRACÓRDIO:

O nome não é lá a coisa mais bonita do mundo, mas na verdade é o nome dos acordes de quatro sons (tudo bem, chovi no molhado agora). São aqueles acordes que sempre aparecem por ai, com 7ºas, etc. Vamos entender como são formados:

Veja que lindo!!! Um teclado e todos os seus intervalos dispostos para você visualizar. Agora fica fácil, quer ver?

Vamos tentar para começar um C7.

Veja como é fácil entender como se forma um acorde deste gênero: nada mais do que um C maior com a adição de um intervalo de 7ºmenor (um Bb).

Como nos exemplos acima, você também pode inverter este acorde de acordo com a sua necessidade:

Dentro deste mesmo procedimento, você pode começar a montar outros acordes:

Um acorde de C6. Simplesmente adiciona-se um intervalo de 6ºmaior (um A) num acorde de C.

Este acorde sai um pouco da linha, mas também é fácil de entender: são acordes com baixos especificados. Neste caso, o nome da cifra é C/B, ou seja, C com baixo em B. Simples assim!!!

SUSPENSÃO:

Existe um tipo de acorde que eu gosto muito: é o acorde SUS. Os acordes SUS geram um som mais etéreo, mais suave que os acordes com terças e geram a atmosfera ideal para músicas progressivas, pop, enfim.

Chama-se SUSPENSÃO acordes que não tem terças (nem maiores e nem menores). Substitui-se então por intervalos de 4º justas ou 2º maiores. Veja os dois exemplos:

Veja: Não existe terças neste acorde. Apenas uma 4ºjusta (nota F). Chama-se então Csus4

Outro exemplo:

Também não temos terças neste acorde (no lugar temos uma nota D): chamamos Csus2 ou Csus simplesmente.

Como você deve ter percebido, os acordes com intervalos não tem nada demais. São "variações sobre o mesmo tema", onde você acrescenta intervalos (7ºs, 6ºs) ou substitui (sus2 ou sus4).

A missão agora é fácil. Vai uma listinha de acordes para vocês montarem:

· Todos os maiores, com 7ºmaiores e 7ºmenores.

· Todos os menores com 7ºmenores.

· C, D, E, F, G, A e B com sus2 e sus4.

· Todos os acordes maiores com 7ºmenores SEM SAIR DA MESMA OITAVA, ou seja, INVERTENDO OS INTERVALOS.

A coisa vai piorando com o passar do tempo, mas agora eu sei que vocês nunca mais vão ficar olhando para uma cifra com aquela cara de espanto. O mapa da mina está aí, é só estudar.

Bem, desta vez não teve muito texto, só mais figuras pra deixar a coisa mais leve.

Continuo respondendo todos os e-mails. Continuem escrevendo. Finais de semana eu posso não estar respondendo, mas segunda-feira sempre respondo.

Por hoje é só. Estudem, tirem dúvidas, mas não desistam. No começo o aprendizado é doloroso, mas depois você colhe bons frutos!!!

Um grande abraço a todos! Obrigado pelo carinho de tantos e-mails elogiando (recebi somente uma crítica sobre as piadinhas..hehehehe).

Sobre suas dúvidas, acessem o novo fórum para alunos da minha coluna de teclado:
www.musiklabs.rg9.net

Aguardo todos vocês lá!

Até a próxima!!! Continuo agradecendo os e-mails que recebo, cada vez mais e mais, por isso estou tendo certa demora em respondê-los. Mas fazê-lo-ei, podem ter certeza disso.

Recebi até mesmo sugestões sobre novas receitas, algumas alternativas sobre panquecas, mas desta vez por estar de dieta, vou deixar em suspensão (entenderam o trocadilho?) a parte gastronômica da coluna.

Hoje estréia uma nova sessão dentro da PMP. Como me sugestionou o leitor Alexandre da equipe Delta de RJ, PMPI (perguntas mais perguntadas e idiotas). Mas eu não acho nenhuma pergunta idiota....diferente disso eu vou criar o:

PSR: Perguntas Sem Respostas

A partir de hoje fica decretado que:

Eu não vou, não quero, não posso e não devo:

FORNECER EXERCÍCIOS POR E-MAIL

FORNECER PARTITURAS

FORNECER AULAS AVULSAS POR E-MAIL

Para que todo o processo de responder e-mails fique mais ágil, eu não vou responder mais este tipo de pedido. Quando um leitor me questionar sobre as aulas, assuntos como tipos de teclado, timbre, acordes, arranjos e etc, eu sem dúvida nenhuma responderei (como vários “alunos” virtuais já puderam constatar).

Mas além de ser contra a lei (fornecer cópias de partituras originais é crime contra a propriedade intelectual) é impossível. Eu não tenho partituras. Sempre que preciso tocar alguma coisa eu recorro ao meu ouvido, amigo inseparável. É com ele que vocês devem contar. Sempre. Apesar que Beethoven ficou surdo e compôs obras magníficas. Mas aí é outra história......

Bem, era este o recadinho de hoje. Às vezes fico respondendo várias vezes “eu não tenho”, “eu não posso”, etc. Assim me atraso em responder outros e-mails do pessoal que realmente tem dúvidas. Combinado assim?

Então tá.

Vamos estudar uma coisa bem fácil hoje, pra vocês entenderem um pouco a lógica da harmonização. Mas já vou adiantando que isto que vou passar é o básico do básico. Estudar harmonia é realmente uma batalha. A impressão que dá é que estamos entrando num enorme túnel e que aquilo não vai acabar nunca.

A idéia de harmonia é fazer com que os acordes “trabalhem” entre si. Vejamos:

Quando ficamos tocando os acordes em casa, estudando, percebemos que sempre tem alguns acordes que combinam e outros que realmente incomodam. Primariamente nossos ouvidos estão acostumados a ouvir acordes bonitos, consonantes. Mas se o leitor é fã de bossa nova, mpb, rock progressivo e etc vai estar acostumado a ouvir dissonâncias comuns aos gêneros musicais. Mas mesmo você achando um acorde de Edim bonito, ele não deixa de ser totalmente dissonante.

UM POUCO DE HISTÓRIA:

Diabolus in Musica

Este foi o nome dado ao trítono, o tão famoso acorde da música BLACK SABBATH. Inicialmente a igreja associava este pequeno acorde à Santíssima Trindade. Mas em tempos medievais, o Diabo rondava muito o imaginário popular (isso que nem TV eles tinham ainda) e tudo mudou. A igreja expurgou o intervalo, chamando-o de demoníaco.

O intervalo nada mais era que uma 4º aumentada (cuidado ao tocar em casa, você estar invocando o “cramulhão”). Tudo vem pelo fato de ser um acorde aumentado (ou seja, você tem duas terças, somando 6 semitons – 666 é o número da besta). A igreja então baniu o coitado do acorde, deixando-o na geladeira por séculos.

Existem outras explicações para o trítono ser do “mal”. Existe uma associação cabalística com os intervalos e etc.....deixa pra lá. Era só pra não perder o costume.

CAMPO HARMÔNICO:

Diferente do que foi visto na TV, onde um árbitro de futebol simplesmente “saiu no braço” com um torcedor, aqui nós temos o CAMPO HARMÔNICO (entenderem este trocadilho agora?).

Sim, é harmônico para dar a idéia de harmonia, combinação. Combinando alguns acordes bem simples nós temos um campo harmônico básico.

Vamos usar o coitado do C maior, como sempre:

C

Dm

Em

F

G

Am

Bdim

I

II

III

IV

V

VI

VII

Tabela simpática esta. Nada mais, nada menos, o C maior.

É mais ou menos isso que o “cantor” pede quando grita “dó maior, maestro”. Claro que você não vai sair tocando C, Dm, Em em seqüência, como se isso fosse uma regra. O campo harmônico é uma vaga referência. A música ainda pode modular, tem alguns relativos indiretos e outras coisas.

Através dos algarismos romanos (tá vendo como aprender algarismos romanos tem muito mais utilidade do que ler copyrights de filmes). Eles indicam a importância do acorde dentro do tom.

O mais importante inicialmente é o VI grau, o RELATIVO MENOR.

O relativo menor é, na verdade, a tonalidade menor que existe dentro do acorde maior (sabe aquela história de “ser um homem feminino não fere o meu lado masculino” que o Pepeu Gomes falou? Então, é quase aquilo só que diferente). Quando falamos de tonalidade, podemos dizer que C maior é o mesmo tom de Am. Eles são relativos diretos. Percebam que a maioria das inversões de acordes maiores para menores relativos se dão apenas mexendo o dedo 4 um tom à direita (ou seja, se você tem C maior, natural, sem inversão, e subir o dedo 4 que estava em G para A, você já tem um Am).

Repare que na mesma tabela você tem outros acordes que sempre estão presentes em músicas de C maior: F maior, G maior e o Em. O segundo grau é sempre mais denso, nem sempre é encontrado nestas circunstâncias. Ele gera uma tensão tonal muito grande (experimente tocar o Dm após um C: você vai ver que ele é meio “pesado”).

O V grau é a tal da dominante. Sem qualquer referência sadomasoquista, a dominante é a 5ºjusta do acorde também, por isso ela é bastante usada.

Saber tonalidades e relações harmônicas importantes vai ajudar você a sofrer bem menos ao tentar”tirar” as músicas (sim, saber tonalidades ajuda muito), além de deixar você muito mais à vontade caso tenha vontade de compor alguma coisa (evita você ficar procurando um acorde que nem louco e não achar). Ou seja, vou dizer o que sempre digo: é importante estudar isso. Ajuda muito!!!

E COMO EU ENCONTRO OS ACORDES?

É.....até que não é tão difícil. Veja, existe uma regra que, pra variar, tem que se decorar:

TOM - TOM – SEMITOM – TOM – TOM – TOM - SEMITOM

Sim, parece batuque, mas não é. Decore isso, pois esta é a formula para montar tonalidades maiores. Vamos examinar C maior:

De C até Dm temos TOM

De Dm até Em temos TOM

De Em até F temos SEMITOM

De F até G temos TOM

De G até Am temos TOM

De Am até Bdim temos TOM

De Bdim até C novamente (início da escala) temo SEMITOM

Esta contagem pode ser feita para todas as tonalidades. Vamos fazer um tabela onde a missão de vocês é completar. Vamos lá?

I

II

III

IV

V

VI

VII

VIII

C

Dm

Em

F

G

Am

Bdim

C

D

Em

F#m

G

A

Bm

C#dim

D

E

F

G

A

B

Olha que fácil! É só completar a seqüência. Não tem como errar. Você apenas precisa manter os gêneros dos acordes ( I, IV, V e VIII são maiores, II, III e VI menores e o VII diminuto) e prestar atenção na separação dos tons e semitons. Entre o III e o IV temos SEMITOM e entre o VII e VIII também. Daí então é só contar tons inteiros entre os outros intervalos.

O VIII grau sempre vai ser igual ao I grau.

Bem, quem puder imprimir isso e colocar na cabeceira da cama, eu aconselho. Quem não tiver impressora, faça num caderno, estude e experimente os acordes dentro destes tons. Você vai começar a criar uma certa intimidade com os acordes e suas harmonias.

Aula dietética hoje em homenagem a todos aqueles que vão se encher de comer tanto chocolate e engordar algumas centenas de gramas.

Não se esqueçam que cada 100 gramas de chocolate tem aproximadamente 500 calorias, o que você facilmente pode perder esquiando durante uma hora em neve dura e em velocidade moderada.

Boa páscoa para todos, lembrando que esta festa nada tem a ver com ovos e coelhos, e sim sobre um homem que há dois mil anos foi traído, humilhado e crucificado injustamente. O comércio distorceu de tal forma a data que tudo gira em torno de chocolate e bacalhau. Mas é na verdade um momento de oração. Pensem nisso.

Um abraço “pascal” para todos vocês!

E muito obrigado!

Muitos foram os pedidos neste intervalo de aula: alguns pediram que eu exterminasse os trocadilhos (32% pediam fervorosamente que eu não os fizesse mais, outros 12% entraram com processo na justiça e os outros 56% ou me enviaram caixas de CDs de pagode em represália – tive medo). Ligavam para a minha casa de manhã e colocavam “Festa no apê do Latino” para tocar, ameaçando assim a minha saúde física e mental. Outros foram mais radicais, me enviaram fotos do Antônio Carlos Magalhães, Severino Cavalcanti e até mesmo do ex-presidente Fernando Collor de Melo. Depois de tantas ameaças, decidi que o melhor foi “trocar os trocadilhos” (opa, escapou) por algum hábito mais saudável.

ENFATISMO PRECEPTORAL:

Recebi muitos e-mails perguntando sobre "partituras". A maioria gostaria de aprender a lê-las (esta ficou boníssima). Então, deixemos de lado as explanações harmônicas e nos voltemos então para a leitura do PENTAGRAMA!!!

Figura 1: é desta forma que se apresenta uma pauta musical. Cada item tem sua função dentro da leitura de tempo, ritmo e quando necessário, dinâmica e ligaduras.

A maioria das pessoas já viu pelo menos uma vez na vida uma partitura. Fiquei surpreso ao tomar conhecimento que algumas não sabiam quase nada da leitura, por isso preparei esta aula especial sobre o assunto.

Os itens acima descritos são obrigatórios numa partitura. Eles dão todas as coordenadas de execução de uma peça musical. Vamos então entender estas funções:

CLAVE: Como disse uma aluna minha, “aquele S bonito” é chamado de CLAVE DE SOL. Temos outros tipos de claves também, como Fá (também usada para teclado/piano) e clave de Dó. Quando usamos o sistema híbrido de cifras/partituras, geralmente as notas da mão esquerda (que no piano são escritas em clave de Fá) são substituídas por cifras, enquanto a mão direita (melodia) você tem a clave de sol. Mais a frente vamos ver como a clave funciona na hora de ler a partitura.

FÓRMULA: Esta “fração” que é colocada logo após a clave nos serve para indicar o tempo da música. Não o tempo em BPM (batidas por minuto) e sim a fórmula do compasso.

NOTA MENTAL DO LEITOR: “Aveeee...hoje ele ta falando nada com nada”...

A fórmula do compasso é o tão conhecido QUATRO POR QUATRO que 80% das músicas são elaboradas. Consiste em 4 tempos por compasso.

Se a fórmula fosse um 3 por 4, então teríamos três tempos no compasso, e por aí vai. Claro, isso de uma forma muuuuuuuuuuuuuuuito simplificada.

NOTA MENTAL DO LEITOR: “E as bolinha??Pra que serve as bolinha com pau?”..

Calma......as figuras nas linhas e nos espaços são as notas, literalmente. É através da posição destas figuras que sabemos qual é a nota e qual a duração dela.

ENCONTROS MARCANTES

Agora vem a parte boa da coisa: associar as notas da partitura com o seu teclado. Lá vai uma tabelinha:

P.S: Tabelinha continua sendo um péssimo anticoncepcional.

Veja como é simples: a primeira figura (na linha inferior) é o DO central do teclado (geralmente é o DO da TERCEIRA OITAVA – levando em consideração que você tenha um teclado de 5 oitavas).

Primariamente é interessante você associar as figuras às notas do teclado. A divisão rítmica é algo que você vai ter que estudar também, pois sem isso as notas musicais ficam meio sem sentido, sem contexto melódico.

FIGURAS POSITIVAS

São os valores que equivalem a “uma nota tocada”. Como também podemos inserir dentro de um compasso valores negativos (pausas) é importante associar nomes aos bois (ou aos valores positivos, tanto faz):

Figura 3: Esta é a tabela que deve estar na sua mente. Você pode pensar que estes nomes são difíceis, mas se eu te disser que em alemão uma FUSA se diz Zweiunddreissigsteinote, você vai perceber que aprender música em alemão também é difícil.

As figuras são divisões exatas, onde você terá sempre valores proporcionais.

Tendo como base a SEMIBREVE (A bolinha mestre) é só ir dividindo.

VALORES DAS NOTAS

Quando aprendemos seus nomes e associamos seus valores, fica mais fácil entender que se pode ler uma música escrita há séculos (no caso dos compositores eruditos, musica folclórica).

Estes valores são expressos por uma tabela padrão:

Figura 4: Neste caso, entenda como vale cada ícone:

· Primeira figura: semibreve é o valor Unitário.

· Segunda figura: semibreve equivale a duas mínimas

· Terceira figura: duas mínimas equivalem a quatro semínimas

· Quarta figura: quatro semínimas equivalem a oito colcheias

· Quinta figura: oito colcheias equivalem a dezesseis semicolcheias

· Sexta figura: dezesseis semicolcheias equivalem a trinta e duas fusas

· Sétima figura: trinta e duas fusas equivalem a sessenta e quatro semifusas.

Como isso se encaixa na partitura? Fácil:

Se você tem um compasso 4/4, e colocar uma SEMIBREVE, o compasso estará completo:

Figura 5: através da figura você pode ver como funciona a divisão. Quanto mais você divide a nota, mais figuras vão sendo criadas. Enquanto uma semibreve você tocaria e seguraria por 4 tempos, a execução de uma semifusa é muito mais rápida.

COMO ESTUDAR DIVISÃO RÍTMICA

Recomendo (como todo o planeta) o livro POZZOLI, que é o manual de divisão e leitura. Lá você pode aprender como dividir e entender a divisão dos valores, entender pausas e fórmula diferentes de compasso. É um livro indispensável (e barato) para qualquer músico ou interessado em música.

Criei um arquivo para ENCORE para vocês experimentarem nas suas casas e observarem. Para aqueles que não possuem o ENCORE, o link para download de uma versão demo está aqui:

http://www.gvox.com/fr_body_downloadsForm.php?requested=e455w_demo.exe

O exemplo em ENCORE você pode baixar aqui

Bem, o assunto é muito extenso, complicado, e extremamente chato para quem está começando, mas acho que é uma boa para todos aqueles que pretendem e gostam de ler partituras e tocar suas músicas. Eu não quis (e nem conseguiria) ensinar tudo nesta aula porque ler partitura não é fácil. Na verdade, também não é difícil, mas assim como quando começamos a ler e a escrever, requer paciência e estudo.

Pela demora na aula, até que esta foi bem complicadinha :).

A todos um grande abraço, não deu pra colocar receita agora (recebi algumas dicas e receitas por e-mail, mas continuo em dieta). Estarei de volta mais breve possível.

Até a próxima (e que seja breve - ou semínima). Olá amiguinhos e amiguinhas desta humilde coluna. Depois de uma longa e exaustiva "tournée" pela Europa, Escandinávia e norte do Alaska, estou de volta com uma caixa postal lotada e devendo muitas explicações: é que não deu pra chegar antes pois eu estava esperando liberar o meu "mensalão", mas parece que deu problema (me disseram que tem um tal de Roberto Jefferson depondo em CPI, não sei direito) e tive que voltar de ônibus mesmo. Peguei a linha NOATAK – PARQUE SÃO LUCAS, acabei pegando um pouco de congestionamento no Canal do Panamá, mas nada que um bom prato de Sarapatel (receita cedida pelo leitor Fabiano Rocha) não me fizesse esquecer:

INGREDIENTES:

Miúdos de Porco : Um Coração, Uma língua, Meio fígado e meio bofe (ou dois quartos de Clodovil).

(Obs.: Na minha Bahia o sarapatel leva além dos ingrediente acima sangue, porém vamos nos conter aos ingredientes especificados.)

Tempero : 2 cebolas, 3 tomates, 1 pimentão, ½ colher de sopa de cominho, pimenta do reino, cebolinha e pimenta de cheiro à gosto (é uma pimenta verde redonda do tamanho de uma moeda de cinco centavos), pimenta malagueta a gosto e azeite de dendê.

MODO DE PREPARO:

Após lavar em água corrente, ferver por trinta minutos os miúdos de porco, adicionar dois ou três limões cortados ao meio (esprema um pouco o limão na água) e uma colher de sopa de vinagre. Verifique se a pele da língua está se soltando, se não, deixe ferver mais um pouco.

Após ferventado e lavado, cortar os miúdos em cubinhos pequenos (coração, fígado e bofe). A língua deve ter um trato especial devido a pele áspera que a cobre, esta deve estar esbranquiçada e deve ser retirada. É uma camada fina e sairá facilmente dependendo da ferventação. Reserve os miúdos à parte.

Cortado o miúdo agora é hora de prepararmos o molho onde será cozido o mesmo. Em uma outra panela junte o azeite de dendê à gosto (lembre-se este ingrediente é um pouco forte para quem não tem costume podendo vir a ser um excelente laxante*, portando recomendo misturar um pouco de óleo de cozinha e corante), adicione a cebola cortada em cubos, o cominho, a pimenta do reino, o pimentão e o sal com alho à gosto( lembrem-se uma colher de sopa de tempero: sal e alho ser para 1kg de alimento) deixe refogar um pouco e logo após adicione o tomate e o miúdo picadinho.

Deixe cozinhar por aproximadamente uma hora e meia. Adicionando um pouco de água durante o cozimento.

Depois é só servir e bom apetite."

*O comentário do laxante não é meu...rs

Para nós brasileiros acostumados a engolir sapos diariamente, Sarapatel desce fácil.

Mas deixemos de lado a glutonaria e vamos para o que interessa:

AULA DE HOJE: MAMÃE. QUERO SER TECLADISTA

Foram muitos, muitos e-mails perguntando sobre "como começar", "onde comprar", "que teclado comprar" e etc. Estranho mesmo é pensar que este assunto é essencial e ainda não foi abordado aqui. Vamos então do ponto inicial:

O TECLADO:

Aqui vamos tratar exclusivamente dos tipos de teclado existentes no mercado e como eles se encaixam em suas necessidades.

MARCA/CUSTO:

Muito bem. Provavelmente o aluno que está lendo a aula não deve receber mensalão, trabalha feito louco, muitas vezes agüentando bronca de chefe e ainda ganhando pouco. Mesmo assim nas horas vagas tem aquela vontade de aprender tocar teclado, mas não sabe qual teclado pode ser barato e bom ao mesmo tempo.

A verdade é que teclado bom é teclado caro, infelizmente (mesma história de corrupto bom é corrupto preso). Vamos pensar que para um iniciante, a diferença entre um teclado de R$ 5000,00 e um de R$ 500,00 não fica muito visível (excetuando-se pelo preço). Quanto mais caro, mais recursos. E muitas vezes esses recursos são desnecessários para um tecladista iniciante. Mas por outro lado, teclados caros tem timbres melhores, suas teclas podem apresentar o mesmo mecanismo de teclas de piano, coisas que para um aluno são perceptíveis (e muito mais agradável para o aprendizado, visto que tocar um teclado que o som do piano parece uma marimba não é muito legal).

Tenham em mente uma coisa: teclados com "ótimos timbres e teclas com mecanismo de piano" serão sempre caros. Portanto, se você não tem muito o que gastar, procure um teclado que custe mais de R$ 300,00. Se não tiver dinheiro ainda, busque usado, não tem problema. Meu primeiro teclado foi um Kawai FS 620 usado que eu paguei R$ 100,00 (na época que 1 real valia 1 dólar). Me serviu muito por um bom tempo, possuía bom som de piano, tinha falantes no próprio teclado e pedal de "sustain". Mesmo não possuindo saída MIDI (que eu nem sabia que me seria útil um dia) eu fiquei muito tempo com ele e aprendi muito. Claro, quando decidi me aperfeiçoar troquei por um Roland, mas paguei um alto preço por isso.

Um teclado bom para iniciante deve possuir:

· 5 oitavas

· timbre agradável (pelo menos um piano que lembre piano)

· teclas sensíveis (quando você toca forte, o som sai forte e vice-versa)

No mais, seria bom se tivesse uma entrada para pedal de sustentação e até mesmo MIDI. Mas aí o preço fica mais salgado.

MARCAS:

Não sou endorsado por nenhuma marca de teclado (mas se a Korg quiser me patrocinar, não vou me fazer de rogado, hehe) mas sempre recebo e-mails perguntando sobre a melhor marca do mercado.

E isso eu não sei dizer sem ser imparcial. Eu gosto muito do meu Korg, mas tem gente que prefere Kurzweil. Outros adoram a Roland, os "seresteiros" não vivem sem um Yamaha e tem o mal-falado Casio que melhorou bastante nos últimos anos. A verdade é que você não vai sentir muita diferença no início (a não ser no preço!!!!).

Se você não tem muito dinheiro para gastar, procure pelos Yamaha modelos PSR, que são os mais baratos e mais "funcionais", com teclas sensíveis e saída MIDI (alguns possuem entradas para disquete).

Você pode optar por um CASIO mais novo, excetuando-se sempre o modelo TONE BANK CTK 100 que não é muito bom não. Na verdade ele é horrível. Na verdade nem deve ser teclado. Na verdade, esqueça o Tone Bank.

Este é um PSR 630 da Yamaha, teclas sensitivas, saída MIDI, pitch Wheel, 16 canais MIDI editáveis, enfim, um ótimo teclado, mas que custa em média R$ 1000,00. Fica salgado, sim, eu sei!!

Esta foto é do PSR 230, sem pitch Wheel, mas também um bom teclado, com o preço médio de R$ 400,00. É uma boa opção para iniciantes.

TIPOS DE TECLADOS:

Como se não bastasse aprender tocar, é bom saber sempre que tipo de teclado vai ser útil para nossa empreitada musical. Depende do tipo de música, evento ou até mesmo do jeito que você toca.

ARRANJADORES:

Talvez o mais popular de todos os teclados são os arranjadores (os famosos Yamaha PSR da vida). Possuem em sua memória um banco padrão GM (general Midi), em certos modelos há uma entrada de cartucho ou disquete e pela sua função específica, possuem ritmos. Esses ritmos são divididos por gênero (rock, samba, tango, etc). Quando você habilita este recurso, o teclado faz um "arranjo" dentro do acorde que você tocou na mão esquerda. Possuem "virada" de bateria, finalizações, introduções, variações de "levada", etc. Se você gosta de tocar sozinho, fazer suas festinhas, tocar as melodias prediletas este é o seu teclado. Geralmente os teclados arranjadores tem uma maneira diferente de aprendizado: você toca a harmonia na mão esquerda e a melodia na direita. Muitos teclados também possuem o recurso do "preguiçômetro", onde o tecladista toca um acorde maior com apenas 1 dedo (aliás, um horror!!!).

Num país em que nomes como Tom Jobim, Chico Buarque fizeram a história da nossa música, tocar um acorde com apenas UM dedo chega a soar como desaforo!!!

Em memória do grande Tom Jobim: nunca toque dó maior com um dedo só!!!!!

SINTETIZADORES:

Particularmente, meu gênero de teclado favorito.

Sintetizadores já foram abordados na primeira aula (dê uma olhadinha lá depois), mas é bom revisar bem rapidinho:

A função de um sintetizador no passado é bem diferente da sua atual: eles possuiam um som próprio, um timbre característico. Era um instrumento que possuía "caráter". Não que hoje os sintetizadores não tenham caráter, como alguns políticos que conhecemos, mas hoje eles trabalham de forma diferente. Um sintetizador hoje trabalhar como ferramenta de substituição.

- HEINNNNNN?

Difícil arrumar um saxofonista? Problemas em carregar um piano Steinway pro palco? Você não tem R$ 16.000,00 para pagar num Hammond? Ou o seu Mini Moog está com o 1º dó falhando? Não tem problema! Hoje a maioria dos sintetizadores simulam quase todos os instrumentos com grande fidelidade. Claro que nada substitui a dinâmica de um acordeon, sax, um violão muito bem tocado. Mas na falta de você, vai você mesmo! rs.... Imagine, você está na sua casa compondo uma música, precisa urgentemente de um som de "oboé". Ótimo!! Ou você vai na porta do Teatro Municipal e seqüestra o músico ou aprende a tocar. Claro, primeiro você precisa comprar o Oboé (na média de R$ 5000,00 para mais).

- MAS AÍ FICA MUITO DIFÍCIL, FESSOR!!!

Não!!! Difícil é encontrar parlamentar de sexta-feira em Brasília. Você seleciona no seu teclado o timbre "oboé" e toca, oras. Existem outras opções, claro (samplers da Akai, softwares, mas aí é outro papo).

Os sintetizadores facilitam muito nossa vida de músico e compositor. Mas existe uma coisa: sintetizadores são "burros". Você não vai tocar um dedo e ele vai sair tocando. Você vai ter que tocar MESMO!!! Eles geralmente vem com GM, MIDI, entrada para pedal de sustain e expressão, pitch Wheel e modulação, mas não vem com arranjador. É para uso mais específico (estúdios, bandas, etc).

Existem os sintetizadores híbridos, como o Triton da Korg, ou Fantom da Roland. Você pode ter sons "simulados" de instrumentos reais ou os sons dos sintetizadores "vintage" como Moog, Juno, etc. Também podem ser específicos para um uso, como o simulador de Hammond da Roland, desenhado para trabalhar com sons de órgão, ou algum Stage Piano da Kurzweil, conhecido por seu timbre ótimo de piano. Até mesmo os teclados mais antigos possuem sua versão "botox". Recentemente tanto a Korg como a Roland lançaram teclados com características típicas dos teclados analógicos (abertura de filtro, portamento, botões de ação em tempo real). Por isso é bom saber o que você pretende: se você é um pianista querendo tornar-se tecladista, os melhores timbres de piano estão com a Kurzweil. Agora, seu negócio é tocar em banda de rock, prefira a Korg, pelos seus timbres mais pesados. Já os Roland XP 80 aguentam uma banda de baile tranqüilo, mas isso vai do seu gosto. Dê uma passada numa loja de instrumentos e teste, toque, aperte as teclinhas, sinta o peso do teclado nas caixas. Seu ouvido é seu juiz, nunca compre nada por indicação ou porque alguma figura conhecida aparece numa revista dizendo "eu uso os teclados Ling Ling". Tem uma história de um famoso guitarrista que era endorsado por uma marca muito conhecida de efeitos (não adianta, eu não vou citar nomes). Só que quando eu vi a foto do equipamento do cara no show, não tinha nem sinal da tal pedaleira. Não se engane!!! Se você assiste um show do Dream Theater você realmente vai ver o tecladista usando Kurzweil, mas ele tem um rack Triton escondido e um Karma da Korg que ele enfia atrás do P.A...rs

Olha o Jordan Rudess pagando um sapo com um Korg. Deve ter recebido mensalão da Kurzweil.

WORKSTATIONS:

Como o nome diz, é uma estação de trabalho. Antes da popularização dos PCs, a coisa era muuuito complicada. Numa tela de LCD pequena e toda quadriculada você tinha que sequenciar músicas, editar, enviar efeitos, recortar trechos, executar partes, gravar tudo em disquete e torcer para dar certo no final. Os workstations possuem um seqüenciador, geralmente de 16 pistas, que podem trabalhar com GM e timbres do próprio teclado. Também possuem drive de disquete, possibilidade de edição de MIDI, servem para tocar ao vivo (através do seqüenciador ou como um sintetizador) e até possuem um sistema de auto-acompanhamento (mas isso não é regra). A grande vantagem era a presença de um seqüenciador. Mas isso ficou para trás. Quem vai ficar se matando sequenciando 16 faixas numa tela de cristal liquido sendo que tudo pode ser feito no PC? Então ficou aquele dúvida: chegou ao fim a era dos Workstations?

Não, porque hoje eles possuem outras características: alguns são samplers, gravam sons em disquete, ou HDs ou até mesmo em CDROM, que são úteis para a maioria dos tecladistas. Ao incorporar em suas "máquinas" o recurso do samplers, os workstations voltaram a ter um diferencial. Mas mesmo os que não possuem sampler, workstations são mais confiáveis para trabalhar com seqüências ao vivo. Você pode deixar o seu monstro Workstation no seu estúdio também, pois são ótimos controladores MIDI, conversam muito bem com o PC.


Este por exemplo é o Kurzweil 2600X Workstation:seqüenciador de 32 pistas, 88 teclas com peso de piano, 8 controles deslizantes, ribbon, 16 mb de memória de sampler, edição de sampler, vocoder, 48 vozes de polifonia, interface scsi integrada, dourador, auto-limpante, faz suco de goiaba (pé de goiaba é opcional e não acompanha o teclado) e te chama de amor toda vez que você aperta uma tecla (placa de expansão em português vendida separadamente, ele vem de fábrica falando "aishite imasu").

Bem, acho que desta vez algumas dúvidas foram sanadas. Na próxima aula vou tratar de como conduzir seus estudos (afinal, não tem um professor de teclado em cada esquina) e como começar a estudar sozinho, livros e tudo mais.

Para todos um grande abraço e que a paz estejam com vocês.

Valeu,
Obrigado,
Thanks,
Благодарю,
Þakka,
Ευχαριστώ,
Danke,
Arigato

Rufam os tambores!!! Há correria pelas ruas!!! Mães recolhem suas crianças!!! Presbíteras começam a rezar!!! Os galos cantam sua melodia mais sinuosa!!! As galinhas recolhem seus pintos!!! Há pranto e ranger de dentes e o seu opróbrio nunca se apagará!!!
Sim....eu voltei! Não fui preso, nem fui pego desviando dinheiro público! Somente problemas técnicos oriundos de computadores, servidores, hackers e toda sorte de infortúnios que se possa imaginar. Mas, eu voltei. E voltei para ficar. Agora, mais forte e até mais corado (pois tenho o dom de boiar na água, mas ainda não sei nadar – e qualquer trocadilho com coisas que costumam boiar na água será devidamente deletada da minha caixa de entrada!!). Hoje retorno com saudades dos tempos de outrora, dos e-mails com dúvidas pululantes, dos tecladistas incautos, daqueles que tomaram para si um teclado que não era de boa estirpe....eis aqui que retorno.....não sou como os que chafurdam no pântano da ignomínia, pois meu nome não exala odor mefítico!!

Enéas Carneiro (In memorian)

Novidades? O de sempre! Como eu sei que a aula de hoje será geradora de grande nós cerebrais, informo que todas as dúvidas desta e de outras aulas continuam sendo esclarecidas no meu fórum:

www.musiklabs.rg9.net

Atualizem seus navegadores, pois o fórum anterior foi vítima de hackers, por isso tive que mudar de endereço.

Hoje não pretendo postar receita alguma visto que estou em processo de dieta. Outra coisa: lembram do Cássio que eu postei na aula anterior? Pois é, o próprio me escreveu revoltado, chamando a coluna de “BLOG” e pronunciando impropérios à minha digníssima pessoa. Eu até ia apagar a foto dele, mas, deixa lá. Falando em Casio, vejam o que encontrei no You Tube:

Clique aqui e veja o mais novo contratado da Casio

Depois vocês me contam o que acharam do vídeo...rs

A aula de hoje trata de um assunto bem interessante (ainda bem): MIDI!

Sim, a maioria quer aprender a tocar, mas é que ando recebendo muitos e-mails com dúvidas sobre como trabalhar com MIDI e Softwares virtuais. Eu estava devendo uma aula deste tipo (aliás, eu já estava devendo uma aula sobre qualquer coisa faz MUITO tempo!). Pois bem, eis que começa:

AULA IX: TECLADIUS MIDIUS EST OMNIUM COMPUTATI VIRTUALIS


(em alemão: synthezingerstein ich domm gehtfürgen alf steingetzbahrer und siegmund freud schumman bärrchman von dietricht richentoffen über landirfersen nein alf ya schneidersteingübbersteinzieldwaffer.)

Estou aprendendo ainda, desculpem os erros!

Afinal, o que é MIDI e para que serve?

MIDI é abreviação de:

MUSICAL
INSTRUMENT
DIGITAL
INTERFACE

A “linguagem” foi criada em 1983, e assegurava que equipamentos de marcas diferentes pudessem “conversar” entre si, através de cabos. Parecia algo ilógico, pois não havia sentido em promover este tipo de “colaboração” entre os fabricantes. Mas o protocolo MIDI permitia somente que alguns parâmetros fossem compartilhados. Os timbres, ou seja, a essência do teclado continua intacta.

Explicando: a linguagem MIDI serve somente para controlar parâmetros comuns entre os teclados: altura, velocidade, afinação e acesso ao número do timbre, etc. Você não vai conseguir “puxar” um timbre através de MIDI. Em poucas palavras, seu Roland não vai poder “copiar” aquele timbre que você adorou do Korg, pois o protocolo MIDI não permite este tipo de envio e recebimento de dados. Aliás, seria bem imbecil se pudesse, pois eu poderia ter um Casio (lá vem ele) e ter os timbres do Triton nele, pois existem Casios com entrada, saída midi, com se fosse um teclado mesmo, apesar de não ser.


Mas, somente teclados podem ser MIDI? É esta a questão. Não. Todo instrumento digital pode ser MIDI. E, aliás, é essencial que seja, pois assim você tem total integração entre seus equipamentos.

Aparência das entradas e saídas MIDI de um teclado.

Alguns exemplos de instrumentos que também são MIDI:

Guitarras MIDI – guitarras sintetizadas que executam timbres de sintetizadores. Uma guitarra convencional também pode ser MIDI, integrando um captador MIDI à ela.

Este é um exemplo de captador MIDI para guitarras. Através de uma interface (aparelho) MIDI você pode conectar a guitarra ao seu teclado, por exemplo, e tocar os timbres dele na sua guitarra.

Baterias eletrônicas também podem ser MIDI. Existem duas formas: as baterias que são MIDI, eletrônicas, que você normalmente liga ao módulo que gera o som (exemplo Staff Drum) ou no caso quando você usa os TRIGGERS, dispositivos ligados à bateria que enviam os sinais para o módulo.


Esta é a Staff Drum, onde cada peça é ligada ao módulo MIDI que irá gerar o timbre da bateria.

Este é o módulo onde são ligados cada um dos “pads” (nomes de cada peça do kit de bateria) e onde os timbres estão armazenados. Com isso você pode ter vários timbres com uma mesma bateria. O resultado é meio artificial para alguns, mas a maioria das gravações em estúdio são feitas desta forma: com módulos ou samplers.

Este é um “trigger”. Ligado ao bumbo, envia sinais para o módulo, que então ativa o sampler.
Mas, onde raios entra o MIDI nesta história? Em tudo. Você não é obrigado a usar o módulo da Staff Drum com a sua bateria eletrônica, você pode usar um módulo da Alesis, um kit de bateria do seu sintetizador, usar um programa no seu computador. MIDI é uma linguagem universal entre os equipamentos digitais, portanto, as possibilidades são infinitas.
Estou sendo propositalmente simplório pois o assunto é extenso e técnico demais.

TECLADO x COMPUTADOR

Muito bem. Vamos aos pontos:
Você entendeu que MIDI é muito mais que três orifícios perdidos atrás do seu teclado, certo?

Você entendeu que todo instrumento MIDI pode conversar entre si, mas não pode transmitir dados além dos estabelecidos pelo protocolo de Gilbratar do ano de mil oitocentos e quarenta e oito. (ignore o trecho final).

Você não entendeu o que isso tem a ver com o computador...certo....Mas tem tudo a ver.
Sendo MIDI uma linguagem digital e tendo nosso computador um conector chamado MIDI/JOYSTICK, as coisas agora começam a criar lógica.
Pode ser que o seu computador não tenha esta saída/entrada MIDI/JOYSTICK. Motivo é simples: placas de som integradas costumam não ter este conector. Para você ligar seu equipamento ao computador, seria necessário que este conector estivesse disponível. Existem outras possibilidades, mas prefiro pensar que você tenha um conector MIDI disponível no seu computador:

Esta imagem é bem clara em relação ao conector MIDI/JOYSTICK. Observe que geralmente o MIDI fica ao lado dos conectores de áudio (isso numa placa de som comum). Para ligar o seu sintetizador ao computador, você precisa de um cabo MIDI/PC.

NOTA DO LEITOR: “Oh céus! Que infortúnio! Onde conseguirei tal cabo!?”

DICA: No Mercado Livre tem.

Este é o aspecto de um cabo MIDI/PC. O conector maior vai ligado ao PC, enquanto os outros dois, você liga no seu teclado, seguindo as instruções, que são:

MIDI IN do cabo no MIDI OUT do teclado

MIDI OUT do cabo no MIDI IN do teclado

Sim, é ao contrário, pois você não pode ligar duas entradas, muito menos, duas saídas.

Muito bem. O procedimento básico foi efetuado: agora o seu teclado/sintetizador pode se comunicar com o seu computador. E, isso serve para que, certo? Muitas coisas, entre elas:

· Escrever partituras no ENCORE, FINALE

· Gravar músicas em softwares seqüenciadores como SONAR, CUBASE e CAKEWALK, entre outros

· Tocar MIDI via PC e editar os arquivos MIDI que você tem no computador, transferi-los para o teclado

· Editar parâmetros do teclado como filtros, osciladores, moduladores e etc

·

· Salvar patches e bancos do seu teclado como back-up, dentro do seu computador

· Controlar e tocar softwares de síntese virtuais


Vamos ver algumas opções:

EDITANDO PARTITURAS VIA MIDI

O software mais usado para notação musical é o ENCORE. Ele tem um recurso muito útil que é o de escrever o que você toca na partitura. Se você tem alguma música para registrar ou quer passar algo para a partitura, caso você tenha ligado o seu teclado no computador, tudo que for tocado será transformado em partitura pelo ENCORE.


SOFTWARES SEQUENCIADORES


Hoje se fala muito em gravar áudio no PC, mas nos primórdios os softwares gravavam MIDI, como o saudoso Cakewalk 3.0. Você podia gravar 16 faixas MIDI (o padrão MIDI são 16 faixas) e mandar o sintetizador executar. E ainda você pode gravar este arquivo MIDI (que são aqueles pequenos arquivos que encontramos na Internet, padrão .mid). Estes arquivos podem ser lidos por qualquer instrumento MIDI. Se o caboclo na Nova Zelândia gravou o hino da Eslovênia, e quis te mandar para você ouvir, ele pode te mandar um arquivo hino.mid e você vai poder ouvir no seu teclado. Se o seu teclado tiver disquete, basta gravar este arquivo num disquete e colocar no teclado. Se o seu teclado estiver ligado ao computador, você pode usar algum programa para abrir o arquivo e seu teclado tocar.
E porque todo arquivo MIDI é tão pequeno, sendo que ele pode ter músicas inteiras nele? Porque MIDI não carrega além de instruções, todo o trabalho pesado fica para o sintetizador. Diferente de um arquivo de áudio (wav, mp3) onde o áudio está gravado, o MIDI nada mais é que uma simples “partitura eletrônica”, que manda o teclado tocar o que está registrado ali. E sendo MIDI uma linguagem universal entre os instrumentos eletrônicos, não interessa se eu gravei o MIDI num Oasys da Korg ou num Casio, sendo MIDI, qualquer teclado pode compreender. O seu computador também é MIDI. Tanto que ele pode ler arquivos MIDI e executar. A qualidade, na maioria das vezes é horrível pois o MIDI executa, mas o que gera o áudio é a placa de som. Geralmente as amostras de som das placas comuns são bem ruins. Tenho um exemplo aqui de MIDI bom e MIDI ruim:


ARQUIVO MIDI simplificado com baixa qualidade

ARQUIVO MP3 executado com um MIDI profissional

Porque eu tive que gravar um MP3 do MIDI, sendo que eu acabei de dizer que “MIDI” não tem áudio?

Porque eu não tenho como “exportar” os timbres do meu KORG para outro módulo MIDI. Isto é exclusivo de cada teclado, cada modelo. O máximo que posso fazer é enviar um MIDI feito nele para que você execute no seu teclado, mas não posso enviar os meus timbres. Eles são exclusivos do meu teclado. Para fazê-lo, eu teria que fazer um SAMPLER, outro assunto bem diferente. Basicamente, deve ser compreendido que:

MIDI são instruções digitais, nada mais que isso. É como se cada arquivo MIDI fosse uma instrução do tipo:

"Teclado, toque o dó da terceira oitava, mas não muito forte e fique ali por três segundos, logo após solte a tecla. "

Veja que nada mais é que uma instrução, que pode ser feito até mesmo POR VOCÊ na sua casa, pois é uma linguagem clara. MIDI também carrega informações sobre os pedais de Sustain, mudança de timbres, bancos MIDI, modulation whell, pitch bender, ou seja, quase tudo pode ser traduzido para MIDI.

MIDI tem muita utilidade para o tecladista, mesmo o hobbysta: você não precisa ser um profissional para poder usufruir os benefícios desta linguagem. Você precisa: De um sintetizador com saída e entrada MIDI
De uma placa de som com entrada MIDI/JOYSTICK devidamente instalada
De um cabo MIDI/PC, facilmente encontrado na Internet ou lojas de instrumentos musicais.

Na próxima aula trataremos de softwares de criação musical. Vamos aprender a utilizar nosso teclado junto com o PC e tirar melhor proveito dele. No caso de dúvidas (claro que haverão, e muitas), não se esqueçam que o fórum está novamente na ativa:
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Visitem também:
www.threesidedcube.palcomp3.com.br
Minhas músicas em fase de pré-produção.

Um grande abraço aos amigos de sempre! E se foi a sua primeira visita, volte sempre!!